Odu 6 - Obará: dia 06/06
2 anos ago · Updated 1 mês ago
Curiosidades e informações sobre Obará
Odu 6 - Obará é representado pelo número 6 e é lembrado em datas/horários cujo o numeral 6 e seus múltiplos são predominantes. Ex: dia 06/06, 12/12 e as oferendas sempre colocadas as 6 horas e assim sucessivamente.
As pessoas com o odu 6:
As pessoas com esse Odu tem temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade, são um pouco tagarelas com hábito de contar tudo o que irá ser feito, podendo evitar assim a concretização dos planos. Costumam despertar a antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
Responde: Xangô, Logun ede, Oxossi
Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do Oluwo, afim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo Oluwo. Obará um dos dezesseis odus existentes, não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o Oluô.
Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o Oluô determinara. E que os demais odús não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pôde para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza).
Como era de costume, os 15 odús de cinco em cinco dias iam à casa de Olofin, e nunca convidavam Obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo.
Pois, então, foram a casa de Olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que Olofin adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade.
Olofin, com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas.
No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada.
Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar Obara-meji com estas palavras:
-Obará, bom dia ! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem?
Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim.
A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram:
-Fica com estas abóboras para ti . E lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia.
Mais tarde, quando Obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega.
Porém as palavras de obará eram simples e decisivas.
-Eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.
Finda explicação, Obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que haviam dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de odú mais rico, porém logo percebeu que haviam mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas haviam outras riquezas em igual quantidade.
Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores.
Daí que estava marcado o dia para todos os odús irem novamente à conferencia no palácio de olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim.
Quando obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.
Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de Olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era Obará. Então perguntou Olofim aos demais odús o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles.
Responderam todos que haviam jogado no quintal de Obará. Disse então Olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero Obará. O mais rico de todos os odús.
PARA ABRIR CAMINHOS (OBARÁ)
Pegue uma gamela e unte com 6 colheres de pau de mel + 6 colheres de dendê no meio. Arrume dentro 6 espigas de milho por cima + 6 quiabos + 6 doces finos + 6 galhos de louro + 6 guizos na ponta de 6 paus de canela + 6 imãs. Faça quando o Sol estiver nascendo e vá com esta obrigação em todos os cantos da casa pedindo prosperidade e fartura. (Coloque num lugar alto)
No dia seguinte costuma-se colocar num mato limpo ou na porta de um banco ou na porta de um grande mercado. Ao lado da obrigação passe moedas no corpo pedindo movimentação de dinheiro, comida, fartura...
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Sabemos que esse Ebó é para atrair prosperidade e abertura de caminhos, antigamente costumava-se colocar também, um punhado de milho picado e 6 pintinhos vivos, na hora que despachar, para que a movimentação dos pintinhos ao se alimentarem e a partir daquele ebó fossem obrigados a encontrar seus caminhos para crescer, se desenvolver e se multiplicarem (como todo ser vivo) abriria assim os nossos caminhos também.
Mas hoje em dia fica difícil fazer esse ebó dessa forma pois os pintinhos não sobreviveriam (nas cidades grandes) e não daria o prosseguimento na abertura dos seus próprios caminhos.
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